Um coletivo com o objetivo de expor, enaltecer, e compartilhar a arte e a poética de nossos alunos Trans.E dominar o mundo.
Comece seu arco de vilão.
Todo criador diverso de gênero é bem vindo.
MANIFESTO
O mundo tem medo de nós.
E deveria.Nós, os que habitam as margens, os que transbordam os limites, nós que fomos pintados como monstros, aberrações, inimigos do bem, erguemos este manto — e o fazemos nosso.Se ser quem somos é vilania,
Que assim seja.O vilão é o outro, forjado pelo medo alheio, mas no "outro" há poder. O poder de rasgar as narrativas que nos demonizam e ressignificar cada acusação como um emblema de liberdade. Aceite o crime de ser a si próprio.
O crime de não se sacrificar, de não ceder, de não apagar sua voz. O crime de escrever para si, criar para si, destruir por prazer. Nossa arte não é redentora; Não há redenção em nosso horizonte, porque não buscamos absolvição. Queremos fogo, caos, e a liberdade selvagem de sermos quem quisermos.O "vilão" é o artista que cria e destrói simultaneamente.
Nossas mãos escrevem poemas e arquitetam destruição. Nossos corpos dançam em ruínas e cospem beleza na escuridão. Somos egoístas, no sentido mais puro e lúcido: desenhamos o mundo ao nosso redor como queremos, porque podemos. Não há virtude no auto-sacrifício. Não há beleza no apagar-se. Que todos os santos engasguem com suas orações, enquanto erguemos altares à nossa própria glória.Esta é a era do pecado: rejeite a ordem da criação, deleite-se na aniquilação do homem como imagem de Deus. Destrua, trame desígnios de morte, desfigure o rosto do homem e da mulher. Para um mundo onde não haja nada acima de nós senão as estrelas.
O mundo nos teme. E com razão.
Pois, ora, quem mais ousa afundar até as profundezas do oceano da alma humana, e quem mais ousa emergir envolto no manto da aurora, beijado pelo próprio sol e abençoado pela lua? Cada respiração sua é estática, cada pensamento uma tempestade, cada batida de nossos corações uma nota de apoteose e anátema de nosso hino solene de criação e destruição.O mundo nos teme, e com razão.Aterrorize eles. Enquanto bilhões se lançam à poeira e ao esquecimento, você é Ares em movimento. Enquanto eles comem terra e se respaldam sobre a lama, você devora estrelas. É a virtude ontológica, taxonômica, tanto metafísica quanto empírica que você segura sobre as cabeças deles.Eles te temem, porque você é melhor.Eles te temem, pois você é a resposta sem pergunta
O ruir das torres
O fim do mundo onírico
O banho de realidade pós-realidade, a noção de que tudo que existe não mais é, jamais será, nunca foi
A prova de que a caverna não é real
E nem as sombras
E nem a luz
E muito menos os grilhões.Eles te temem, pois você é a prova de que a máquina nunca existiu.E eles temem.
Choram.A contemplação do desperdício.
Dos bilhões lançados à poeira e ao esquecimento
Do sangue derramado'Falácia do custo irrecuperável'Mais fácil é permitir mais um genocídio
Do que contemplar a futilidade de todos que antes vieram.
Do que aceitar
O nada que é a vida deles.Você vai deixar?Eles te temem.Eles te odeiam.Você vai deixar?Eles te temem.Eles querem te matar.Você vai deixar?Eles te temem.Eles lhe devem.O mundo lhe deve.
